Há uma só vocação, que vem de Cristo, convocado e convocante.
A vocação especifica-se em vários graus correspondentes aos
diversos momentos existências da experiência cristã. E estas e
experiências têm em Cristo sua fonte, seu sentido, sua referência e unidade.
Jesus convida a segui-lo, cada um da própria situação em que se encontra.
Vinde comigo (Mc 1,17). Pede confiança nele (Mc 2,14). Confiança plena em
sua pessoa e não a uma causa. A resposta obediente deve ser vivida
no abandono do lugar do trabalho, do status, da casa, da família.
Não se trata só de adesão interna, mas de unir-se a ele em seu projeto de
vida. Chama Doze para estarem com ele e para enviá-los a pregar. O centro
da eleição é para que estivessem com ele. Não é pura adesão intelectual,
mas adesão ao seu modo de viver. Os discípulos prolongam a presença
e a obra de Jesus.
A escolha de
um estado
de vida na
Igreja é a
encarnação
concreta
da vocação
fundamental.
Deus chama
através de
mediações,
não se trata de uma vocação nova, mas o desenvolvimento
da vocação
fundamental.
O chamado é algo original.
O motivo da vocação particular:
Cada vocação é original, é fruto da liberdade, é um acontecimento
pessoal, único e incomunicável. Tem como finalidade primeira a
humanização da pessoa e o serviço do Reino. Quando uma pessoa
se diz chamada é preciso acreditar nela. A experiência vocacional
é pessoal, pode acontecer mesmo em quem não se espera.
A certeza não vem de imediato, a vocação está submetida a
tentações e inquietudes. Uma pessoa pode se sentir atraída por um
sistema de valores, mas isto não quer dizer que não se sinta atraído
por outros valores. Existe a dúvida.
A eleição é dolorosa, a escolha custa: ser padre; religioso(a); casar.
Dói rejeitar aquilo que não escolhi. Não porque não é bom, mas, porque
eu não escolhi.
A entrega a um valor envolve um sacrifício. SACRIFÍCIO E SEDUÇÃO.
Sacrifício: deixar para trás tudo aquilo que eu não escolhi.
Sedução: atração divina.
A pessoa é convidada a escutar e receber, colaborar com docilidade.
Iniciar-se em Cristo é descobrí-lo, é deixar que ele nos encontre,
nos agarre incondicionalmente, é recebê-lo. É um estado de permanente
conversão. A pessoa é como ovelha extraviada, dracma perdida, filho
fugido (Lc 15) que entrega nas mãos do Pai e se deixa encontrar
qual tesouro no campo ou pérola preciosa. Vai vende tudo, renuncia sua
vida e recebe um novo ser. É sair de si mesmo, distanciar-se daquilo
que até agora era segurança, o bem estar, o poder, o consumo e, ao
mesmo tempo, é entrega total e incondicional a Cristo.
Fragmento do Texto: As vocações específicas, tf.
Autor desconhecido.
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22 de fev. de 2013
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